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Pitadas Culturais

Mineira Marina Amaral é destaque na arte de colorir o passado

Marina Amaral

Congelar o tempo é uma das mais incríveis façanhas que a fotografia permitiu nos últimos séculos. Mas, antes de existir a possibilidade de revelações coloridas, os registros eram em P&B e perdiam-se os detalhes sobre momentos únicos e até históricos. Graças ao trabalho da colorista e restauradora digital Marina Amaral, esse cenário mudou.

Conhecida como a mestre da colorização, a artista mineira de apenas 26 anos conquistou o mundo transformando fotografias históricas. O que antes eram imagens desgastadas e em preto e branco, ganharam cores, nuances do tipo de tecido e uma contextualização nunca antes vistas.

Pioneira e autodidata, a carreira inesperada surgiu enquanto fazia faculdade de Relações Internacionais. Nas horas vagas, unia sua paixão por história e edição de fotos e passava o tempo restaurando imagens antigas. Ao postar o resultado no Twitter em 2015, seu trabalho viralizou, ganhou repercussão internacional e passou a se dedicar a esse talento.

A maior parte das pessoas já se deparou na internet com imagens clássicas que foram restauradas por Marina Amaral. Figuras como rainha Elizabeth II, Annie Oakley, Albert Einstein, Rasputin, Marie Curie, Abraham Lincoln, Amelia Earhart, e até mesmo os nove grandes reis reunidos em Windsor para o funeral de Eduardo VII.

Mas a fotografia restaurada e colorida é apenas parte do seu trabalho. Quando posta uma nova imagem trabalhada ela vai acompanhada por um contexto e a história que há por trás dela. Além das técnicas empregadas, há uma pesquisa por trás. Quando as fotos são históricas, a artista entra em contato com historiadores que são capazes de contextualizar tons da época, roupas e tecidos mais utilizados no período, assim como outras características, mapeando todas as informações que possam contribuir com o processo.

Seu talento somado à essa preocupação a faz ser uma das profissionais mais requisitadas em parcerias de museus e instituições relevantes como o History Channel, PBS, KFC, Tatler Magazine, People Magazine, New Regency Films, Pan MacMillan, English Heritage, New York Times, Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau e o Memorial Nacional de Paz e Justiça no Alabama.

Marina Amaral idealizou o aclamado Faces of Auschwitz e também criou a RT nos projetos #ROMANOVS100 e #1917LIVE, o que levou à várias indicações internacionais, chegando à final do Festival Lions de Cannes em 2018 e 2019.

Atualmente, ela trabalha em dois projetos. Um deles é um documentário sobre o holocausto, onde registrou encontros com sobreviventes na atualidade em locais de Auschwitz onde o público não tem acesso, que tem previsão de lançamento para 2021. Além disso, seu livro “The Colour of Time”, que é best-seller no mundo inteiro e já foi traduzido para 13 idiomas.

Marina Amaral

Sua mais nova publicação, “The World Aflame” foi lançado neste ano, mas as ações de divulgação foram interrompidas devido à pandemia mundial de coronavírus. Ainda assim, o livro é o nº1 de mais vendidos de História e Fotografia da Amazon. Feito em parceria com Dan Jones, aborda as duas Grandes Guerras Mundiais e outras conflagrações importantes como as revoluções na Rússia; guerras civis na Irlanda e Espanha; Intervenções americanas na América Latina, guerras coloniais em Moroco, Etiópia e Palestina.

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