O Sesc Palladium volta a receber de forma presencial o Sarau Literário, que acontece no dia 29 de setembro, às 19h30, no Teatro de Bolso, com a proposta de explorar nossos sentidos, “em todos os sentidos”. O evento terá como convidada principal a performer, jornalista, escritora e compositora Brisa Marques, que receberá outros dois convidados. O músico, multi-instrumentista, compositor, educador e ativista cultural Felipe José; e a artista da dança, docente e pesquisadora em dança contemporânea Renata Mara. Juntos, no palco do Teatro de Bolso, eles pretendem provocar os sentidos do público a partir da conexão da poesia com as outras linguagens artísticas.
Acostumada a esse trânsito multidisciplinar nas artes, Brisa Marques fala sobre o desafio criativo proposto. “Eu sou mais próxima da literatura e da poesia, então foi uma ótima oportunidade de pensar na poesia pelo viés dos sentidos. Me conectei com essa temática e em como fazer um encontro em que a poesia nos atravesse não só através do texto. Por isso convidei a Renata Mara, que é uma dançarina e pesquisadora do corpo. Ela possui baixa visão e uma grande vivência em entender outras formas de sentir e de nos relacionarmos com a arte. Já o Felipe José é um músico que pesquisa o som a partir de várias perspectivas e vai colaborar com o entendimento do poema através da escuta. Minha ideia é passear pelos sentidos, com muito improviso e experimentação, extrapolando essa visão que limita o sensorial aos nossos cinco sentidos”, explica Brisa.
Essa edição do Sarau Literário, intitulada Sarau Sensorial, acontece de acordo com os protocolos sanitários vigentes contra a COVID-19. A capacidade do Teatro de Bolso está limitada a 32 dos 82 lugares. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados pelo site Sympla.
Serviço – Sarau Sensorial: Brisa Marques convida Renata Mara e Felipe José
Quando: 29 de setembro de 2021 |19h30h
Onde: Teatro de Bolso do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro, Belo Horizonte)
Quanto: Ingressos gratuitos, disponíveis na Sympla
Conheça os convidados no Sarau Literário:
Brisa Marques é performer, jornalista, escritora e compositora. Tem dois livros de poesia lançados, respectivamente, em 2009 e 2018, “Entre as veias de fato” e “corpo-concreto”. Tem músicas gravadas por vários parceiros. Concebeu e atuou nas performances “Preparação para o fim do mundo”, em 2012, realizada no SESC Palladium; e “1banda3”, no SESC JK, em Belo Horizonte. Lançou recentemente os vídeo-poemas “Corpo que Habito” e “O salto”. Criou e apresentou os programas “Cardápio Cultural”, exibido pela BH News; “Ação ilimitada”, na Rede Minas; “Casa Aberta”, “Lusofonia, os vários sons da língua portuguesa”, “Disco de Pelúcia” e “Estúdio vivo”, exibidos pela Rádio Inconfidência; da qual foi também Diretora Artística.
Felipe José é músico, multi-instrumentista, compositor, educador e ativista cultural. Mineiro, iniciou-se musicalmente tocando em bandas do interior do estado, ainda aos 11 anos. Formado em Composição Musical e Mestre em Processos Analíticos e Criativos pela Escola de Música da UFMG, já se apresentou em diversos estados brasileiros e em países das Américas do Sul e do Norte, Europa e Ásia. Desde 2010 se dedica a realizar residências artísticas, incluindo Canudos (Bahia), Belo Horizonte, Butão, França, Estados Unidos, Indonésia e Colômbia. Ex-integrante da Itiberê Orquestra Família e do grupo RAMO, Felipe José atua como instrumentista em diversos projetos e também como compositor para teatro, dança e cinema. Lançou seu primeiro disco em 2013, chamado “Circvlar mvsica”, e é fundador do Coletivo Distante, grupo dedicado à prática da livre improvisação. Já se apresentou ao lado de grandes nomes, como Tom Zé, Juarez Moreira, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. Atualmente é professor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA.
Renata Mara é artista da dança, docente e pesquisadora em dança contemporânea e doutoranda em Teatro pela UDESC, em Florianópolis (SC). Apresentou-se na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Participou da residência artística E/merge 2016, da Earth Dance Creative, Massachucets EUA. Docente no curso de graduação em Artes Cênicas UFOP (2013-2015), ganhou o título de mestre em Artes pela EBA – UFMG (2012) e deu origem ao projeto Singular, do qual nasceu o espetáculo Desassossego em branco. Ambas as criações relacionadas à pesquisa sobre a relação entre dança e deficiência visual (artista tem baixa visão devido a doença degenerativa da retina). Recebeu o Prêmio Cena Minas (de circulação de espetáculos).