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Pitadas Culturais

“Bora?! Rota de arte e cultura em Nova Lima” chega na cidade com ampla programação entre outubro e dezembro

Bora?! Rota de arte e cultura em Nova Lima

A partir de outubro, o projeto “Bora?! – Rota de arte e cultura em Nova Lima” chega à cidade com um convite ao encontro e um estímulo a vivenciar coletivamente as experiências culturais e artísticas que ela oferece. Cada atividade tem um propósito específico, mas todas têm em comum a valorização da cultura, da arte e a interação social.

As atividades são em torno de dois eixos principais: formação e fruição, nas áreas de dança, música, teatro e economia criativa, por meio de oficinas, rodas de conversa, contação de histórias e apresentações artísticas. Elas acontecerão em diferentes escolas públicas da rede municipal e estadual, Centros de Atividades Culturais, Centro de Convivência da Pessoa Idosa, Teatro Municipal, praças e ruas da cidade, permitindo que a população de áreas distintas tenha acesso a atividades culturais próximas às suas casas.

Programação de outubro

De 3 a 25 de outubro, o projeto “Bora?! – Rota de Arte e Cultura em Nova Lima” movimenta a cidade com atividades culturais voltadas especialmente para a população idosa. Em celebração ao Dia Nacional do Idoso (1º de outubro), toda a programação será oferecida gratuitamente. Além da atenção específica a esse público, algumas ações serão direcionadas principalmente a mulheres – cis e trans – também acima de 60 anos. O projeto traz, ainda, oficinas de máscaras de papelão para crianças em escolas, com o Grupo Pigmalião Escultura Que Mexe, um dos principais grupos de teatro de bonecos do país.

Esse é só o início do projeto que busca oferecer atividades lúdicas e coletivas que estimulem o potencial criativo e a socialização não só da terceira idade, mas de crianças, adolescentes e adultos. A intenção é valorizar as experiências em grupo, mas fortalecendo os indivíduos e suas identidades. Os moradores poderão ter contato com outras formas de expressão artística, que não apenas enriquecem a vida cultural das comunidades, mas também estimulam o interesse e a apreciação por outras culturas. Para participar, é necessária a inscrição gratuita prévia, até cinco dias antes da oficina, no Centro de Atividade Cultural em que ela acontecerá.

Os eventos contam com medidas de acessibilidade, como intérprete de Libras e a divulgação escrita, textos alternativos #pratodosverem, além de material gráfico com contraste cromático, para facilitar o acesso de pessoas com baixa visão. O projeto é realizado pela Afinal, Cultura por meio de recursos do Chamamento Público 003/2023 do Município de Nova Lima, MG.

Sobre as oficinas

Oficina contar memórias

Ministrada pela atriz e contadora de histórias, Fabiana Brasil, a atividade é um espaço de compartilhamento de vivências, voltado a mulheres – cis e trans – acima de 60 anos. A oficina terá duração de 3 dias, com 4h/aula por dia, focando em exercícios práticos de escrita voltados à contação de histórias.

A iniciativa oferece a possibilidade de formação e/ou qualificação em uma atividade artística com potencial de geração de renda para essas mulheres. Cada participante receberá um kit com caderno personalizado, caneta, lápis e borracha para registro do percurso e das memórias que poderão se transformar em histórias para contar.

Os encontros acontecerão nos Centros de Atividades Culturais nos bairros de Honório Bicalho, Cabeceiras e Jardim Canadá. A previsão de público é de até 12 mulheres 60+, por CAC, estimando atender 36 mulheres no total. A atividade contará com a presença de intérprete de Libras (sob demanda).

Fabiana Brasil é atriz, contadora de histórias e doutoranda em literaturas de língua portuguesa na PUC/MG. É graduada em letras pela UFMG e formada no curso técnico de ator no Teatro Universitário da UFMG. Integra a Cia. Bando, de Belo Horizonte, dedicada ao teatro para as infâncias. Sua trajetória, de pesquisas e práticas, segue o percurso da escrita de mulheres negras. Para a escrita da tese, os estudos se pautam na escrita de Carolina Maria de Jesus e Maria Tereza.

Oficina de dança contemporânea

Ministrada pelo bailarino Bernardo Gondim, a oficina também foi pensada cuidadosamente para pessoas idosas, de qualquer gênero, e pretende, por meio de exercícios de percepção do espaço, velocidade, altura e equilíbrio, entre outras ferramentas da dança, despertar nas/os participantes o entendimento do seu corpo. Ao final do processo, uma pequena apresentação no local será realizada com as/os participantes da oficina. Cada encontro terá duração de 3 dias, com 3h/aula por dia.

Elas acontecerão nos Centros de Atividades Culturais nos bairros de Honório Bicalho, Cabeceiras e Jardim Canadá. A previsão de público é de até 12 pessoas 60+ por CAC, estimando atender a 36 idosos no total. A atividade também contará com a presença de intérprete de Libras (sob demanda).

Bernardo Gondim é bailarino e gestor cultural, com formação em Dança pela UFMG e pela Uai Q Dança (Uberlândia/MG). Como bailarino, participou de espetáculos como “A Dança como descoberta do corpo”, do Galpão Cine Horto, “Rasante”, da No Ar Ciade Dança, e, pela Uai Q Dança, dos espetáculos Pra não Dizer que Não Falei de Pé, Pontode Vista, Quase, Deixa-me Ser Suave, A Ponte, Por Causa de uma Colombina, Segredos deLiquidificador, alguns deles premiados em festivais. Como coreógrafo, dirigiu o solo da bailarina Alcinete Sammya em Saudade ou Folha-de-Seda.

Baile dançante

O multiartista Marcelo Veronez reunirá músicos para novamente formar a banda “Veronez e seu conjunto” e apresentar um repertório de canções das décadas de 1940 a 1960, com músicas que fizeram parte da vida e das histórias da população idosa. “Veronez e seu conjunto” foi um projeto realizado em 2010 e reuniu artistas em torno do resgate da música popular brasileira, realizando shows em formato de baile para a população 60+.

O evento será aberto ao público e contará com a presença de instrutores de dança que atuarão como facilitadores e animadores e um DJ. O baile será realizado no Centro de Convivência da Pessoa Idosa e contará com a presença de intérprete de Libras. O público estimado é de 200 pessoas.

Marcelo Veronez é cantor, ator, diretor de teatro e de shows, formado pelo Teatro Universitário da UFMG (2003), com passagens pela Anthonio Escola de Canto e Primeiro Ato Centro de Dança. Em 2017, lançou o seu disco de estreia: “Narciso deu um grito”. Atuou nos espetáculos “Os Saltimbancos”, pelo qual recebeu o Prêmio Sinparc como melhor ator coadjuvante. Faz parte do elenco de “Auto da Compadecida” do Grupo Maria Cutia. Entre seus shows estão “Não sou nenhum Roberto”, “Narciso deu um grito”, e o mais recente, “Como se não tivesse acontecidonada”. É também pesquisador do encontro entre teatro e música popular, por meio do projeto “Rampa: treinamento cênico para artistas da música”

Oficinas de máscaras

A oficina de máscaras em papelão ensina uma técnica de confecção de máscaras com materiais reciclados, que pode ser reproduzida em casa ou na sala de aula. Oferecida em escolas do bairro de Nova Lima, a atividade é destinada principalmente ao público infantil e aos profissionais da educação. O objetivo é criar um momento de integração entre crianças e adultos e de aproximação do público com os artistas. O tema das máscaras serão os antepassados, com o intuito de promover interesse, conversas e reflexões sobre as pessoas idosas. A oficina é ministrada pelo Grupo Pigmalião Escultura Que Mexe, um dos principais grupos de teatro de bonecos do país. A previsão de público é de até 50 crianças por escola. A atividade contará com a presença de intérprete de Libras.

Pigmalião Escultura Que Mexe é um coletivo de artistas que encontrou no teatro de bonecos o veículo ideal para desenvolver trabalhos no limite entre as Artes Cênicas e as Artes Plásticas. Criado em 2007, o grupo sempre procurou desenvolver espetáculos com profundidade conceitual e filosófica. A marionete de fios, a relação do ator com o boneco e o Teatro Visual são seus principais focos. Na construção contínua de sua identidade, o Pigmalião busca o reconhecimento do teatro de bonecos na produção artística contemporânea.

Serviço – Bora?! Rota de arte e cultura em Nova Lima

Oficinas de Dança Contemporânea (com Bernardo Gondim)

3, 5 e 6 de outubro

Horário: 14h às 17h

Local: Centro de Atividades Culturais Honório Bicalho

 

9, 10 e 11 de outubro

Horário: 09 às 12h

Local: Centro de Atividades Culturais Cabeceiras

 

16, 17 e 18 de outubro

Horário: 07 às 10h

Local: Centro de Atividades Culturais Jardim Canadá

 

Oficinas Contar Memórias (com Fabiana Brasil)

9, 10 e 11 de outubro

Horário: 13h às 17h

Local: Centro de Atividades Culturais Cabeceiras

 

16, 17 e 18 de outubro

Horário: 7 às 11h

Local: Centro de Atividades Culturais Jardim Canadá

 

16, 17 e 18 de outubro

Horário: 13h às 17h

Local: Centro de Atividades Culturais Honório Bicalho

 

Baile Dançante (com a banda Veronez e Seu conjunto)

25 de outubro

Horário: 13h

Local: Centro de Convivência da Pessoa Idosa

 

Oficina de Máscaras de Papelão (com grupo Pigmalião Escultura Que Mexe)

2 de outubro

Local: Escola Rubem Costa Lima (Bairro Macacos)

 

19 de outubro

Local: Escola David Finlay (bairro Galo)

 

23 de outubro

Local: Escola Dulce Santos Jones (bairro Santa Rita)

Para participar das oficinas de Escrita e Dança, é necessária a inscrição gratuita prévia, até cinco dias antes da oficina, no Centro de Atividade Cultural em que ela acontecerá.

Mais informações: instagram.com/afinalcultura/

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